LINK: FORMULARIO DE ATIVIDADE 02/04
ATIVIDADE
SOBRE O ARTIGO EU NÃO QUERO SABER DA SUA VIDA.
1.
Leia
o artigo a seguir e responda às questões:
Eu não quero saber da sua vida
Reclama-se de invasão de privacidade, mas quem tem vida privada hoje em
dia?
Quando foi a última vez que você comeu em um bom restaurante, viu uma
bela obra de arte ou foi para uma balada sem tirar uma foto e postar online? Quando
foi a última vez que um amigo seu o surpreendeu com algo que tenha feito que
não foi fofocado pelo Facebook?
Um tipo de privacidade muito desrespeitada é a dos desinteressados, que
não se comovem com a vida de seus vizinhos, não leem a revista Caras,
não assistem a big brothers, domingões, caldeirões ou vídeo shows e
mal conseguem guardar os nomes dos atores e diretores dos filmes que veem.
Para estes pobres, alheios a quem dorme com quem, quando e onde, as
redes sociais devem parecer ferramentas desenvolvidas para uma multidão
narcisista, burra, voyeur e birrenta, pronta para dar opiniões
impensadas a respeito dos assuntos mais bestas possíveis, cuja única regra
parece ser a do “compartilho, logo existo”.
Mesmo que, para isso, se use o Twitter na sala de parto.
Limites e regras de etiqueta no convívio
É praticamente impossível entrar em uma rede social e não ficar
sobrecarregado com o volume de imagens e dados demasiadamente pessoais. A
necessidade que alguns têm de falar do seu desejo por uma roupa nova, de sua
higiene pessoal, de seu mau humor quando serviços e ou serviçais falham parece
patológica. Praticamente tudo que se vê são relatos de momentos extremos,
preferências particulares, indicações de patrimônio e desabafos.
Tudo o que deveria ser guardado para si parece material de divulgação. O
que é essa compulsão por dividir? Esse ataque coletivo de ansiedade cujo único
antídoto parece ser compartilhar ainda mais?
Psicólogos dizem que um dos motivos principais para a troca de
informações é o contato emocional, que demanda um esforço razoável para
administrar a opinião do outro e tentar impressioná-lo. Quando isso é feito o
tempo todo, é fácil provocar situações embaraçosas precisamente entre as
pessoas que mais queremos impressionar.
A mídia social, não se pode esquecer, é uma mídia. Nela se consome,
passivamente, o que é transmitido pelos outros.
Para que isso não seja insuportável, o esforço de contato precisa ser
minimizado, mesmo que gere um conhecimento superficial. Como a noiva na festa
de casamento, cada usuário precisa dar atenção a todos, mesmo que de forma
efêmera e rasa. Com isso boa parte da riqueza das relações interpessoais é
perdida, desumanizando seus atores e forçando os mais carentes de atenção a
exagerarem suas atitudes para que pareçam interessantes o suficiente.
O Facebook é a rede da vez. Ela morrerá, surgirão outras. Abandoná-las é
tão inviável quanto viver sem cartão de crédito, celular, conta bancária, plano
de saúde, emprego ou qualquer tipo de atividade que deixe registros.
Mais do que isso, abandoná-las reduz oportunidades reais de
autoexpressão, convívio, crescimento pessoal, aprendizado e intercâmbios
sociais em geral.
Já que os processos de socialização digital e construção de identidade
são inevitáveis é importante redefinir, com eles, os limites e regras de
etiqueta no convívio.
******
Luli Radfahrer é
colunista da Folha de S.Paulo
a)
Você sabe o que é uma tese?
b)
Qual é a tese do artigo em análise?
2. Releia seguinte trecho “Psicólogos
dizem que um dos motivos principais para a troca de informações é o contato
emocional, que demanda um esforço razoável para administrar a opinião do outro
e tentar impressioná-lo. Quando isso é feito o tempo todo, é fácil provocar
situações embaraçosas precisamente entre as pessoas que mais queremos
impressionar. [...]”
a)
O
termo “lo” substitui qual palavra?
b)
O
que retomou o termo “isso” nesse contexto?
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