Para essa aula é
importante:
- Assistir à videoaula sobre Artigo de Opinião – Características –
aula 08 – Profª Pamba.
Disponível em:
.1 - Realizar uma pesquisa
sobre:
a) artigos de opinião e suas características;
b) observar e verificar os fatos e as opiniões
presentes no gênero textual;
c) pesquisar sobre conectivos, especialmente
as conjunções;
d) modalizadores – coesão
e coerência.
Com o auxílio das
pesquisas, procurem responder às atividades propostas.
TEXTO I
Leia o texto a seguir.
Caos no Espírito
Santo: mais do que um problema policial, um problema ético!
(João Neto Pitta)
Tiro para o lado, tiro para o outro, assaltos
a lojas e a vidas, feitos, não só por quem já é de costume fazê-lo, mas por
cidadãos que batem panelas contra a corrupção, que pregam que bandido bom é
bandido morto, pelo João de esquerda, pelo José de direita, e também pelo
conhecido cidadão de bem. E claro que isso vai muito além de uma crise
policial, estamos vivendo um declínio ético-moral.
Basta pensar o seguinte: quem faz o bem ou
deixa de fazer o mal apenas porque está sendo fiscalizado, não é bom, nem
ético, é simplesmente alguém astuto. O caso que citei acima, não é abstrato,
aconteceu no Espírito Santo, e enquanto muitas pessoas pararam para pensar
somente na crise policial, deixaram de pensar no que é ainda mais grave: o
problema ético estrutural. A célebre pergunta da filosofia cai bem, quando o
assunto é ética – “por que fazemos o que fazemos?”
O romano Cícero costumava dizer que quem faz
o que faz, pensando não no bem da atitude em si, mas na boa aparência que o bem
traz para quem o faz, não é ético, é esperto. Ajudar uma velhinha a atravessar
a rua visando o júbilo dos olhares que acompanham e não o bem-estar da senhora
é atitude de quem visa à aprovação, à aparência, e não à bondade em si, à
atitude virtuosa.
O que você faria se fosse invisível? Longe de
qualquer câmera ou de qualquer olhar observador, somente você e a sua sombra
tentando resistir à sedução de seus demônios interiores: pegar ou não pegar o
celular perdido, o dinheiro, o tênis de marca. São questões que deixo pra você.
[...]
Alguém
disse certa vez que o Brasileiro se indigna com a corrupção, não pelo motivo de
esta ser uma perversão da ética, e sim por não estar participando dela,
estando, portanto, na categoria de besta. E uma coisa que o brasileiro não quer
ser é besta, um malandro nunca aceitaria tal alcunha. Somos defensores da ética
da conveniência “Se está bom pra mim, tudo bem!”, o que não percebemos, é que,
olhando por essa perspectiva, não somos mais uma sociedade coletiva com
direitos sociais, somos bichos acéfalos que terminarão em uma luta de todos
contra todos. [...]
[...] A ética também é um pouco disso –
antes de fazer qualquer atitude, parar e pensar “o que a minha mãe pensaria
sobre isso?” Ela gostaria que eu pescasse na prova? Que eu roubasse a caneta ou
o sonho de alguém? A ética também se escora na capacidade de se colocar no
lugar dos outros e lembrar que a vida é muito mais do que um cenário uniforme,
entendendo os deveres/direitos de cada um nesse pedaço de tempo e universo. É
preciso mensurar as nossas atitudes e, de certa maneira, pensar tal como
advertiu Kant, generalizando os nossos atos – imaginando, assim, o que
aconteceria caso todos mentissem ou furtassem – para que assim possamos
construir uma sociedade menos egoísta e mais ética.
Disponível em:
https://tinyurl.com/GPMDPLPI186. Acesso em: 31 mar. 2020.
ATIVIDADE 01
No artigo em análise, a
partir de um fato ocorrido no Espírito Santo, o autor faz
(A) uma crítica sobre a
violência que se instaurou no Espírito Santo durante a greve dos policiais.
(B) um comentário sobre os direitos
trabalhistas dos policiais e a segurança da população.
(C) uma reflexão sobre o comportamento
antiético dos cidadãos brasileiros que faz que não pensemos na coletividade,
mas no ganho pessoal.
(D) uma dedução sobre a
possível causa de os brasileiros serem tão desonestos e aproveitadores.
(E) um questionamento sobre as prioridades que
o brasileiro elege para as suas vidas.
ATIVIDADE 02
O texto em análise é um
artigo de opinião escrito por João Neto Pitta, estudante de Direito e colunista
na empresa Caminhos. Quanto a esse gênero, são consideradas corretas as seguintes
características.
I.É um texto
dissertativo-argumentativo que defende uma opinião sobre um determinado
assunto.
II. É um texto expositivo em que o
autor explica sobre determinados problemas que afligem a sociedade.
III. É um texto que representa a
opinião da empresa jornalística que a publica.
IV É um texto que pode ser escrito
por qualquer cidadão da sociedade que pretende manifestar a sua opinião.
V.A linguagem formal, culta é uma
característica desse gênero textual que pretende convencer o leitor de uma
determinada opinião.
VI. É publicado somente em revistas
e jornais impressos ou televisivos.
(A) II – IV – VI.
(B) I – IV – V.
C) I – V – VI.
(D) II – III – V.
(E) I – III – IV.
ATIVIDADE 03
Na conclusão, o autor do texto
optou por fazer o fechamento de seu pensamento propondo, principalmente,
(A) uma ação concreta que pode ser
tomada pelos governos.
(B) angústias que deveriam causar
indignação às pessoas.
(C) ações reflexivas que devem realizadas por
todas as pessoas.
(D) uma ação concreta que precisa do apoio de
toda a sociedade e das instituições.
(E) três soluções que visam ao bem coletivo e
não à vantagem individual.
ATIVIDADE 04
A coesão é essencial para que o
autor possa expressar claramente as suas ideias em um texto, pois é por meio da
ligação entre as orações, os períodos e os parágrafos que se constrói a
tessitura textual. Sabendo disso, pode-se afirmar que o termo referente ao
pronome "isso" em "E claro que isso vai muito além de uma crise
policial, estamos vivendo um declínio ético-moral" é o seguinte:
(A) os tiros para um lado, tiros para o outro.
(B) o caos no Espírito Santo.
(C) os cidadãos que batem panelas.
(D) o conhecido cidadão de bem.
(E) o caso que citei acima.
ATIVIDADE 05
O uso adequado de elementos
coesivos em um texto dissertativo-argumentativo fortalece o poder da
argumentação. Sabendo disso, observe, atentamente, as conjunções utilizadas
para ligar os períodos a seguir e aponte a alternativa que indica as ideias
transmitidas por essas conjunções.
I.
"[...] não só por quem já é de costume fazê-lo, mas
por cidadãos que batem panelas contra a corrupção [...]"
II.
II. "[...] não é abstrato, aconteceu no Espírito
Santo, e enquanto muitas pessoas pararam para pensar somente na crise
policial [...]".
III.
III. "[...] e sim por não estar participando dela,
estando, portanto, na categoria de besta".
(A) contradição –
tempo – conclusão.
(B) oposição –
consequência – conclusão.
(C) adição –
tempo – explicação.
(D) contradição – concessão – explicação.
. (E) adversidade – consequência – afirmação.
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