COPIE NO CADERNO E RESPONDA
ATIVIDADE REFERENTE AO ARTIGO DE
OPINIÃO ABAIXO
1.Leia o artigo de opinião a
seguir:
'Texto que Sandra Duarte Tavares,
professora do Instituto Superior de Educação e Ciências (Lisboa), e consultora
do Ciberdúvidas, publicou na edição em linha da revista Visão, em
17/021/2017.
O poder das palavras
[...]
As palavras têm um poder tremendo. Repito
com assertividade: as palavras têm um poder tremendo. Há palavras que edificam,
outras que destroem; umas trazem bênção, outras, maldição. E é entre estas duas
balizas que a comunicação vai moldando a nossa vida.
Comecemos pela gastronomia. Na hora da
refeição, quem é que não saliva ao ler um Crispy de peito de frango com emulsão
de gengibre e limão? Ou um Bacalhau lascado com puré de batata doce e goiaba
confit? Antes de estes apetecíveis pratos chegarem à nossa mesa, já os
pré-saboreámos mentalmente. E quantas vezes a sedutora descrição dos pratos é
bem mais aprazível que o repasto propriamente dito?
Há dias, num restaurante tradicional,
um dos pratos da ementa era bife raspado. Soou-me bem e pedi. O que era? Um
simples hambúrguer no prato. Estava apetitoso, sem dúvida, mas o prazer que
senti ao degustar as sílabas bi-f-e ras-pa-do antes de o dito prato pousar na
mesa foi infinitamente superior.
No plano amoroso, as palavras têm
também um poder incrível. Outrora, nas cartas de amor, as palavras voavam
distâncias, marcadas pela saudade dos enamorados; hoje, o impacto das palavras
nas relações amorosas é tão ou mais forte porque é imediato, à distância de um
clique. Casais apaixonados são unânimes em assumir que muitas vezes o flirt
verbal é tão poderoso quanto o próprio beijo ou toque. Nuns casos, as palavras
trocadas virtualmente são autênticos preliminares; noutros, conseguem ter ainda
mais impacto do que o toque real.
E o poder da palavra silenciosa? O
silêncio é ouro, já ouviram dizer?
Há palavras que deviam ser escondidas
num baú fechado a sete chaves. Porque não edificam, porque magoam, porque
destroem...
Há uns tempos fui fazer um exame
médico. Após o questionário clínico habitual, a médica prosseguiu «Agora, vou
fazer-lhe umas maldades». Nesse instante, o meu corpo sucumbiu e o desmaio
tornou-se iminente. Ora, a palavra maldade magoou-me mais do que o próprio
exame. Teria sido muito sensato ter escondido tal palavra num quarto escuro.
Não teria magoado tanto.
Mas voltemos às palavras amigas, as que
mimam, as que confortam, as que aquecem o coração.
Sabiam que podem mudar o dia de alguém
com uma calorosa saudação? «Bom dia, como está?» Experimentem, sempre que
comunicam, escolher palavras com carga afetiva positiva! Por exemplo, se
substituírem a palavra problema por situação, o problema parece tornar-se mais
pequeno, não parece? Ou então acrescentar adjetivos robustos quando agradecem a
alguém: «Obrigada pela sua preciosa, valiosa ajuda».
Se queremos relações pessoais e
profissionais mais saudáveis e felizes, usemos e abusemos das palavras
positivas na nossa vida. E não nos cansemos de elogiar. Palavras de louvor e
honra trazem felicidade não só a quem as recebe mas também, e sobretudo, a quem
as oferece.
Fonte
in revista Visão do dia
17/01/2017
a)
Qual é o tema central desse artigo de opinião?
b)
Em sua opinião ao dizer à paciente que iria lhe fazer ‘umas maldades”, a
intenção da médica era realmente praticar algum ato de crueldade?
Nenhum comentário:
Postar um comentário