Religiões Afro-Brasileiras
Algumas
religiões afro-brasileiras ainda mantém quase que totalmente suas raízes
africanas, como é o caso das casas tradicionais de Candomblé e do Xangô do
Nordeste; outras formaram-se através do sincretismo religioso, como o Batuque,
o Tambor de Mina, o Xambá e a Umbanda. Em maior ou menor grau, as religiões
afro-brasileiras mostram influências do Catolicismo e da encantaria e da
pajelança ameríndias. O sincretismo manifesta-se igualmente na tradição do
batismo dos filhos e o casamento na Igreja Católica, mesmo quando os fiéis
seguem abertamente uma religião afro-brasileira.
Enquanto
o Catolicismo nega a existência de orixás e guias, as igrejas pentecostais
acreditam na sua existência, mas como demônios. Segundo o IBGE, 0,3% dos
brasileiros declaram seguir religiões de origem africana, embora um número
maior de pessoas sigam essas religiões de forma reservada.
Inicialmente
desprezadas, as religiões afro-brasileiras foram ou são praticadas abertamente
por vários intelectuais e artistas importantes como Jorge Amado, Dorival
Caymmi, Vinícius de Moraes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia (que
frequentavam o terreiro de Mãe Menininha), Gal Costa (que foi iniciada para o
Orixá Obaluaye), Mestre Didi (filho da iyalorixá Mãe Senhora), Antonio Risério,
Caribé, Fernando Coelho, Gilberto Freyre e José Beniste (que foi iniciado no
candomblé ketu).

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