domingo, 9 de agosto de 2020

LINGUA PORTUGUESA 8ºA e B 10/08

 DATA: 10/08/2020


REVISÃO DE CONTEÚDO: Conto Popular

Coloque a data, o nome do texto, copie e responda as perguntas

 ESOPO

 Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia. Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar a sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:

-- Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está á venda no mercado.

-- Como? – perguntou o amo, surpreso – Tens certeza do que estás falando? Como podes afirmar tal coisa?

-- Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.

Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos, voltou carregando um pequeno embrulho. Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para se explicar.

-- Meu amo, não vos enganei – retrucou Esopo --- A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos. Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?

-- Boa, meu caro – retrucou o amo – Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo?

-- É perfeitamente possível, senhor. E com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda Terra.

Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote, semelhante ao primeiro. Ao abri-lo, o amo encontrou novamente pedaços de língua. Desapontado, interrogou o escravo e obteve dele surpreendente resposta:

-- Por que vos admirais de minha escolha? Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores, se transforma no pior dos vícios. Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais. Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido. Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social. Acaso podeis refutar o que digo? – indagou Esopo.

Impressionado com a inteligência invulgar do serviçal, o senhor calou-se, comovido, e, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade.

Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da Antiguidade, cujas histórias até hoje se espalham por todo o mundo.

(Autor desconhecido)

 

1) Quem são os protagonistas deste conto?

 

2) O trecho “indagou Esopo” pode ser escrita, mantendo-se o mesmo sentido, como:

 

a) (  ) respondeu Esopo;

b) (  ) percebeu Esopo;

c) (  ) perguntou Esopo;

d) (  ) assegurou Esopo;

 

3) Segundo o texto, a língua tanto serve para as virtudes quanto para os vícios do mundo. Como exemplo de virtude e vício, respectivamente, podem-se citar

a) (  ) ensinamentos filosóficos e conceitos religiosos.

b) (  ) discussões infrutíferas e obras literárias.

c) (  ) rede de intrigas e desentendimentos.

d) (  ) ensinamento das verdades santas e criação de anedotas vulgares


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