DATA 14/09/2020
ATIVIDADES: DIA 14/09 – LER O TEXTO E FAZER UM MAPA
MENTAL SOBRE O ASSUNTO. PODE COPIAR NA INTERNET. FAVOR ENVIAR NO ZAP DA
PROFESSORA JULIANA.
BRIGA
DE GIGANTES: AS RELAÇÕES ENTRE EUA E CHINA
As relações no sistema
internacional nunca se fazem sozinhas: o crescimento de um país pode ser visto
tanto como oportunidade quanto ameaça. O desenvolvimento de armamentos pode
significar guerra em potencial, enquanto que assinar acordos e tratados podem
fortalecer canais de cooperação. Definitivamente a interação entre os países
tem suas consequências. Agora jogue nessa bagunça internacional duas das
maiores economias da atualidade e uma história de afastamento e aproximação. O
resultado é complexo.
Disputa pelo primeiro lugar
O crescimento da China assusta e
abala a posição de conforto dos EUA no topo do sistema internacional. Isso
significa que, cada vez mais, os Estados Unidos perdem sua posição como
indiscutível potência hegemônica. E o que, de maneira simples, significa
hegemonia? Bem, significa que os EUA têm relevância direta à nível global em
áreas como economia, defesa e diplomacia, conferindo ao país influência
internacional e, consequentemente, muito poder. E é contra toda essa influência
mundial que a China propõe oposição, seja porque o PIB da China aumenta quase
dez vezes mais rápido que o dos EUA, ou porque as despesas militares da China
(tendo chegado, em 2011, um orçamento militar de US$ 91,7 bilhões) ameaçam
ultrapassar as de Washington, e até porque, desde 2008, a China tem achado
brechas nos países capitalistas fragilizados para se impor no cenário
internacional.
EUA e China: uma relação de interdependência
Você poderia pensar que isso se encaminharia
para um conflito gigantesco, certo? Mas a resposta não é tão simples assim. A
verdade é que esses dois gigantes são tão inimigos quanto dependentes um do
outro. Em inúmeras áreas existe cooperação efetiva entre EUA E China: na luta
contra o terrorismo, na tentativa de conter a proliferação de armas de
destruição em massa ou na luta contra a crise financeira.
De maneira complementar, é justamente a compra de produtos pelo mercado
estadunidense que garante o que chamamos de superávit (altos níveis de
exportação) na balança comercial chinesa e a estabiliza como uma das economias
que mais exporta. A compra e a venda de produtos são extremamente necessárias,
de formas diferentes, para os dois mercados.
E o mais irônico dessa história
toda é que foram as próprias potências que, no começo do desenvolvimento de
Pequim, se envolveram em uma relação tóxica de dependência. Os EUA tiraram
proveito de uma mão de obra de baixo custo e consumo barato, ao mesmo tempo que
mandavam suas empresas poluentes para a Ásia. As empresas em território
asiático eram oportunidade de emprego ao mesmo tempo que oportunidade de
desenvolvimento para um mercado que era novo na economia global. Saldo final e
duradouro: nos EUA e China, baixa nos empregos e ataque ao meio ambiente,
respectivamente. “Parceria” essa que dura até os dias de hoje, com altos níveis
de emissão de carbono e economias dependentes.
Contudo, a vantagem mais significante dos
EUA em comparação aos chineses é a sua ideologia: enquanto a cultura
norte-americana já é facilmente difundida por todo o mundo, a cultura asiática,
caracterizada por um maior conservadorismo e tradicionalismo, não encontra
tamanha abertura, até porque bate de frente com o “poder do Ocidente”, ou seja,
tradições mais liberais. A cultura dos EUA é tão difundida ao redor do mundo
que qualquer oposição causa estranheza a um mundo acostumado com liberdades,
tanto política quanto econômicas. A penúltima administração dos EUA, pelo
ex-presidente Barack Obama, tinha estabelecido canais de diplomacia. Mas o
atual presidente Trump parece ter outras ideias para essa relação complexa.
Texto completo disponível
em: https://www.politize.com.br/eua-e-china-guerra-comercial/ Acesso em: 20 de
ago de 2020.
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