domingo, 27 de setembro de 2020

GEOGRAFIA 2A e B 28/09

 DATA 28/09/2020

ATIVIDADES: DIA 28/09 – LER O TEXTO E FORMULAR 05 QUESTÕES COPIAR NO CADERNO AS QUESTÕES E AS RESPOSTA.

O que as condições de transporte dizem sobre a desigualdade

Estudo feito nas 20 maiores cidades brasileiras mostra como facilidade ou dificuldade de acessar serviços e oportunidades alimenta a discrepância por raça e nível de renda

Um estudo divulgado na quinta-feira (16) estima (“mede”) a acessibilidade a postos de trabalho e serviços de saúde e educação por moradores dos maiores centros urbanos do país. Com isso, dá dimensão as desigualdades de acesso por nível de renda e cor/raça.

As estimativas foram calculadas em outubro de 2019 pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em parceria com o ITDP (Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento).

Elas quantificam a acessibilidade a empregos, saúde e educação para quem se desloca a pé e de bicicleta nas 20 maiores cidades do Brasil, e para quem se desloca de transporte público em 7 municípios: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Porto Alegre e Curitiba.

Para isso, o estudo combina dados de registros administrativos e pesquisas amostrais, além de dados de imagens de satélite e de mapeamento colaborativo.

A iniciativa é importante porque padrões de acessibilidade urbana têm impacto sobre as condições econômicas e sociais da população e também sobre o desempenho econômico e ambiental das cidades. Ainda há poucas pesquisas sobre o tema com essa abrangência no Brasil.

As desigualdades apontadas pelo estudo

Em todas as 20 cidades estudadas, a concentração de atividades nas regiões centrais, aliada ao desempenho e à conectividade das redes de transporte, faz com que o centro das cidades e seu entorno sejam áreas de alta acessibilidade a oportunidades e serviços. As regiões de periferia, por outro lado, são definidas pelo estudo como “desertos de oportunidades”, por terem níveis de acesso (a redes de transporte) significativamente mais baixos.

Os resultados mostram ainda que a população branca e de alta renda tem, em média, mais acesso a oportunidades de trabalho, saúde e educação do que a população negra e pobre em todas as cidades estudadas, independentemente do meio de transporte considerado (a pé, de bicicleta ou transporte público).

“Essa desigualdade pesa sobretudo para os grupos populacionais de baixa renda, os quais são levados a morar em regiões com menos desenvolvimento econômico e menos servidas de infraestrutura urbana e serviços de transporte”.

Estudo “Desigualdades socioespaciais de acesso a oportunidades nas cidades brasileiras - 2019” (Ipea/ITDP)

O estudo esclarece que não é possível nem desejável eliminar totalmente as desigualdades espaciais de acessibilidade. No caso dos serviços públicos, eles são posicionados no território de acordo com um planejamento estratégico, que também leva em conta a eficiência econômica.

A desigualdade de acesso aos postos de trabalho é, segundo estudo, “da dinâmica da economia espacial e urbana que a localização dos empregos seja influenciada por economias de aglomeração que farão naturalmente com que haja certa desigualdade” (ou seja, quão maior forem as oportunidades de lucro concentradas num local, maiores serão as probabilidades de se encontrar empregos/trabalhos ali). Ainda assim, “o mínimo que se espera, do ponto de vista da justiça distributiva, é que essas políticas contribuam para reduzir tais desigualdades de acesso a oportunidades, priorizando a melhoria das condições de transporte das pessoas em situação de vulnerabilidade e que mais dependem do transporte público e ativo”.

A seguir, se destacam 5 casos da pesquisa que ilustram a realidade brasileira.

 


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