DATA 28/09/2020
ATIVIDADES: DIA 28/09 – LER O TEXTO E FORMULAR 05
QUESTÕES COPIAR NO CADERNO AS QUESTÕES E AS RESPOSTA.
O que as condições de transporte dizem sobre a
desigualdade
Estudo feito nas 20 maiores cidades brasileiras mostra
como facilidade ou dificuldade de acessar serviços e oportunidades alimenta a
discrepância por raça e nível de renda
Um estudo divulgado na quinta-feira (16) estima (“mede”)
a acessibilidade a postos de trabalho e serviços de saúde e educação por
moradores dos maiores centros urbanos do país. Com isso, dá dimensão as
desigualdades de acesso por nível de renda e cor/raça.
As estimativas foram calculadas em outubro de 2019 pelo Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em parceria com o ITDP (Instituto de
Políticas de Transporte e Desenvolvimento).
Elas quantificam a acessibilidade a empregos, saúde e
educação para quem se desloca a pé e de bicicleta nas 20 maiores cidades do
Brasil, e para quem se desloca de transporte público em 7 municípios: São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Porto Alegre e
Curitiba.
Para isso, o estudo combina dados de registros
administrativos e pesquisas amostrais, além de dados de imagens de satélite e
de mapeamento colaborativo.
A iniciativa é importante porque padrões de
acessibilidade urbana têm impacto sobre as condições econômicas e sociais da
população e também sobre o desempenho econômico e ambiental das cidades. Ainda
há poucas pesquisas sobre o tema com essa abrangência no Brasil.
As desigualdades
apontadas pelo estudo
Em todas as 20 cidades estudadas, a concentração de
atividades nas regiões centrais, aliada ao desempenho e à conectividade das
redes de transporte, faz com que o centro das cidades e seu entorno sejam áreas
de alta acessibilidade a oportunidades e serviços. As regiões de periferia, por
outro lado, são definidas pelo estudo como “desertos de oportunidades”, por
terem níveis de acesso (a redes de transporte) significativamente mais baixos.
“Essa
desigualdade pesa sobretudo para os grupos populacionais de baixa renda, os
quais são levados a morar em regiões com menos desenvolvimento econômico e
menos servidas de infraestrutura urbana e serviços de transporte”.
O estudo esclarece que não é possível nem desejável
eliminar totalmente as desigualdades espaciais de acessibilidade. No caso dos
serviços públicos, eles são posicionados no território de acordo com um
planejamento estratégico, que também leva em conta a eficiência econômica.
A desigualdade de acesso aos postos de trabalho é,
segundo estudo, “da dinâmica da economia espacial e urbana que a localização
dos empregos seja influenciada por economias de aglomeração que farão
naturalmente com que haja certa desigualdade” (ou seja, quão maior forem as
oportunidades de lucro concentradas num local, maiores serão as probabilidades
de se encontrar empregos/trabalhos ali). Ainda assim, “o mínimo que se espera,
do ponto de vista da justiça distributiva, é que essas políticas contribuam
para reduzir tais desigualdades de acesso a oportunidades, priorizando a
melhoria das condições de transporte das pessoas em situação de vulnerabilidade
e que mais dependem do transporte público e ativo”.
A seguir, se destacam 5 casos da pesquisa que ilustram a
realidade brasileira.
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