DATA 28/10/2020
2A - EDUARDO
Atividade para portfólio - pegar impressão no colégio a partir das 13h
2B - NARA
Atividades e Orientação:
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Coloque a data e o assunto da
aula em seu caderno,
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Letra legível,
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Façam a leitura do texto com
atenção,
·
Copie-o em seu caderno.
Teoria dos juízos em Kant
O intelecto, diz-nos Kant, possui 12 categorias. A
Razão possui tão somente três ideias que não constituem objetos, mas são
reguladoras das ações. São elas:
• Ideia psicológica
(alma);
• Ideia cosmológica (do
mundo como totalidade);
• Ideia teológica (de
Deus).
Um juízo consiste na conexão de dois conceitos, dos
quais um (A) sempre cumpre função de sujeito e o outro (B) a de predicado.
Vejamos quais são, segundo a Crítica da Razão Pura de Kant:
- Juízos
Analíticos: são juízos em que o predicado (B) pode estar contido no
sujeito (A) e, por isso, ser extraído por pura análise. Isto significa que o
predicado nada mais faz do que explicar ou explicitar o sujeito. Ex.: “Todo
triângulo tem três lados”;
- Juízos
Sintéticos a posteriori: são aqueles em que o predicado não está
contido no sujeito, mas relaciona-se a ele por uma síntese. Esta, porém, é
sempre particular ou empírica, não sendo universal e necessária, portanto, não
servem para a ciência. Ex.: “Aquela casa é verde”.
- Juízos
Sintéticos a priori: são juízos em que também o predicado não é
extraído do sujeito, mas que pela experiência forma-se como algo novo,
construído. No entanto, essa construção deve permitir ou antever a
possibilidade da repetição da experiência, isto é, a aprioridade, entendida
como a possibilidade formal de construção fenomênica, que permite a
universalidade e a necessidade dos juízos. A experiência aqui não é a mera
deposição de fenômenos na mente em razão da sequência das percepções, mas sim a
organização da mente numa unidade sintética daquilo que é recebido pela
intuição. Kant concorda com Leibniz que “nada há na mente que não tivesse
passado pelos sentidos, exceto a própria mente”.
Logo, nem racionalismo dogmático nem empirismo, mas
sim um racionalismo crítico ou criticismo é de que
trata a filosofia kantiana. A ciência é uma construção humana. A razão deve
buscar na natureza a conformidade que ela mesma coloca. Os a
priori são a antecipação da forma de uma experiência possível em
geral. E transcendental refere-se às estruturas a priori da
sensibilidade e do intelecto humanos, sem os quais não é possível nenhuma
experiência de nenhum objeto. É, pois, a condição de cognoscibilidade
(intuibilidade e pensabilidade), ou seja, a condição de possibilidade de todo e
qualquer conhecimento. É aquilo que o sujeito põe nas coisas no próprio ato de
conhecê-las.
Por isso, no que tange à razão pura, as ideias não são
objetos cognoscíveis, ou seja, não podem ser conhecidas pelos homens porque,
apesar de serem objetos pensáveis, não podem ser intuídos e, dessa forma, Deus,
Alma e o Mundo como totalidade não constituem coisas, mas regulam as ações do
homem. São, pois, estudados na Ética, não na Ciência. São norteadores, não
coisas, provocando erros e ilusões nos juízos científicos (os chamados
paralogismos).
Por
João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
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