segunda-feira, 2 de novembro de 2020

HISTÓRIA 2A e B 03/11

 DATA 03/11/2020

TITULO.

 Leia o texto a seguir: 

Nacionalismo

 O Nacionalismo, desenvolvido no século XIX, refere-se a uma ideologia política que moldou os Estados-nações após a Revolução Francesa.

Nacionalismo é um conceito desenvolvido para a compreensão de um fenômeno típico do século XIX: a ascensão de um certo sentimento de pertencimento a uma cultura, a uma região, a uma língua e a um povo (ou, em alguns dos argumentos nacionalistas, a uma raça) específicos, tendo aparecido pela primeira vez na França comandada por Napoleão Bonaparte e nos Estados Unidos da América. Tal fenômeno passou a ser assimilado pelas forças políticas que haviam absorvido os ideais iluministas de rejeição do Antigo Regime absolutista e que procuravam a construção de um Estado nacional de viés democrático e constitucional, no qual seus membros fossem cidadãos, e não súditos do rei.

Nesse sentido, o sentimento nacional do século XIX alcançou a condição de ideologia política. Diferentemente dos Estados nacionais europeus que se formaram nos séculos XVI e XVII, os Estados Nacionais do século XIX identificavam sua soberania no contingente de cidadãos que compunham a nação, e não na figura do monarca. Por esse motivo, a tendência ao regime político republicano tornou-se comum nesse período.

Além dessas características, há também um elemento indispensável para o entendimento do nacionalismo: a formação do exército nacional por cidadãos comuns, e não por aristocratas e mercenários, como ocorria nos Estados absolutistas. O exército napoleônico foi o primeiro grande exército nacional composto por pessoas que lutavam pela “nação francesa” e identificavam-se como membros de um só “corpo nacional”, de uma só pátria.

Sendo assim, o nacionalismo, desenvolvido no século XIX, compreendeu um conjunto de sentimentos, ideias e atitudes políticas que resultaram na formação dos Estados-nações contemporâneos. Acompanham a formação desses Estados-nações as noções de soberania e de cidadania, garantidas por uma Constituição democrática. Além disso, noções como “povo”, fronteiras nacionais e herança cultural (incluindo a língua) dão suporte para a ideologia nacionalista. Processos históricos como a Unificação Italiana e a Unificação Alemã derivaram dessa ideologia.

Com Napoleão Bonaparte nasceu o exército nacional francês, um elemento imprescindível para a composição da ideologia nacionalista.

Entretanto, o desenvolvimento dessa forma de organização política combinado com o advento das massas (grande aglomerado de pessoas em centros urbanos), que foi provocado pela Revolução Industrial, culminou, nas primeiras décadas do século XX, na Primeira Guerra Mundial e, posteriormente, na ascensão de regimes totalitários de viés nacionalista extremista, como o nazismo e o fascismo. As teorias racistas e defensoras da superioridade da raça ariana (branca) e da escolha do povo alemão como um povo encarregado de construir um império mundial, elaboradas pelo nazismo, foram variantes catastróficas da ideologia nacionalista.

Nação é um termo utilizado para se referir a um grupo de pessoas ou habitantes que compartilha de uma mesma origem étnica, de um mesmo idioma e de costumes relativamente homogêneos, ou seja, semelhantes entre os seus pares. Além de apresentar todos esses aspectos, uma nação para ser considerada como tal precisa agregar um sentimento de pertença ao todo desse grupo, ou seja, é preciso haver uma vontade por parte dos indivíduos em formarem uma nação.

Nem sempre uma nação equivale a um Estado ou a um país ou, até mesmo, a um território, podendo haver, então, muitas nações sem território e sem uma soberania territorial constituída. Exemplo disso é o território espanhol existem várias nações, como a nação basca, catalã, navarra, andaluz e galega. Outro exemplo conhecido de nação sem território definido são os curdos, que habitam vários países ao longo do Oriente Médio.

O conceito de nação foi utilizado muitas vezes como estratégia ideológica de manipulação de uma população. Exemplo disso é a tentativa de construção do nacionalismo, em que governos tentam criar entre os seus habitantes um sentimento nacional, ou seja, a ideia de que aquele país equivale a uma nação geral. A maior parte das nações sem território reivindica a criação de seus Estados independentes, com a delimitação de seus respectivos territórios. Há, na maioria dessas nações, um histórico importante de conflitos armados, morte e terrorismo.

Um Estado-nação é constituído por uma massa de cidadãos que se considera parte de uma mesma nação. Sob essa perspectiva, podemos afirmar que todas as sociedades modernas são Estados-nações, isto é, todas as sociedades modernas estão organizadas sob o comando de um governo instituído que controla e impõe suas políticas.

Disponível:< https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/nacionalismo.htm> acesso 14 de setembro de 2020.[adaptado]

Se possível, assista este vídeo complementar:

Disponível:< https://www.youtube.com/watch?v=1fM_-97htFw> acesso 15 de setembro de 2020.


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