DATA 05/11/2020
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Leia o texto a seguir:
Nacionalismo
Nacionalismo é um conceito desenvolvido
para a compreensão de um fenômeno típico do século XIX: a ascensão de um certo sentimento
de pertencimento a uma cultura, a uma região, a uma língua e a um povo (ou, em
alguns dos argumentos nacionalistas, a uma raça) específicos, tendo aparecido
pela primeira vez na França comandada por Napoleão Bonaparte e nos Estados
Unidos da América. Tal fenômeno passou a ser assimilado pelas forças políticas
que haviam absorvido os ideais iluministas de rejeição do Antigo Regime
absolutista e que procuravam a construção de um Estado nacional de viés
democrático e constitucional, no qual seus membros fossem cidadãos, e não
súditos do rei.
Nesse sentido, o sentimento nacional do século XIX alcançou a
condição de ideologia política. Diferentemente
dos Estados nacionais europeus que se formaram nos séculos XVI e XVII, os
Estados Nacionais do século XIX identificavam sua soberania no contingente de cidadãos que compunham
a nação, e não na figura do monarca. Por esse motivo, a tendência ao regime
político republicano tornou-se comum nesse período.
Além dessas características, há também um elemento indispensável
para o entendimento do nacionalismo: a formação do exército nacional por
cidadãos comuns, e não por aristocratas e mercenários, como ocorria nos Estados
absolutistas. O exército napoleônico foi o
primeiro grande exército nacional composto por pessoas que lutavam pela “nação
francesa” e identificavam-se como membros de um só “corpo nacional”, de uma só
pátria.
Sendo assim, o nacionalismo, desenvolvido no século XIX,
compreendeu um conjunto de sentimentos, ideias e atitudes políticas que resultaram
na formação dos Estados-nações contemporâneos. Acompanham a formação desses Estados-nações
as noções de soberania e de cidadania, garantidas por uma Constituição
democrática. Além disso, noções como “povo”, fronteiras nacionais e herança
cultural (incluindo a língua) dão suporte para a ideologia nacionalista.
Processos históricos como a Unificação Italiana e
a Unificação Alemã derivaram
dessa ideologia.
Com Napoleão Bonaparte nasceu o exército nacional francês, um
elemento imprescindível para a composição da ideologia nacionalista.
Entretanto, o desenvolvimento dessa forma de organização política
combinado com o advento das massas (grande aglomerado de pessoas em centros
urbanos), que foi provocado pela Revolução Industrial, culminou, nas primeiras
décadas do século XX, na Primeira Guerra Mundial e, posteriormente, na ascensão de
regimes totalitários de viés nacionalista extremista, como o nazismo e o fascismo. As teorias
racistas e defensoras da superioridade da raça ariana (branca) e da escolha do
povo alemão como um povo encarregado de construir um império mundial,
elaboradas pelo nazismo, foram variantes catastróficas da ideologia
nacionalista.
Nação
é um termo utilizado para se referir a um grupo de pessoas ou habitantes que
compartilha de uma mesma origem étnica, de um mesmo idioma e de costumes
relativamente homogêneos, ou seja, semelhantes entre os seus pares. Além de
apresentar todos esses aspectos, uma nação para ser considerada como tal
precisa agregar um sentimento de pertença ao todo desse grupo, ou seja, é
preciso haver uma vontade por parte dos indivíduos em formarem uma nação.
Nem sempre uma nação equivale a um Estado ou a um país ou, até
mesmo, a um território, podendo haver, então, muitas nações sem território e
sem uma soberania territorial constituída. Exemplo disso é o território
espanhol existem várias nações, como a nação basca, catalã, navarra, andaluz e
galega. Outro exemplo conhecido de nação sem território definido são os curdos,
que habitam vários países ao longo do Oriente Médio.
O conceito de nação foi utilizado muitas vezes como estratégia
ideológica de manipulação de uma população. Exemplo disso é a tentativa de
construção do nacionalismo, em que governos tentam criar entre os seus habitantes
um sentimento nacional, ou seja, a ideia de que aquele país equivale a uma
nação geral. A maior parte das nações sem território reivindica a criação de
seus Estados independentes, com a delimitação de seus respectivos territórios.
Há, na maioria dessas nações, um histórico importante de conflitos armados,
morte e terrorismo.
Um Estado-nação é constituído por uma massa de cidadãos que
se considera parte de uma mesma nação. Sob essa perspectiva, podemos afirmar
que todas as sociedades modernas são Estados-nações, isto é, todas as
sociedades modernas estão organizadas sob o comando de um governo instituído
que controla e impõe suas políticas.
Disponível:< https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/nacionalismo.htm> acesso 14 de
setembro de 2020.[adaptado]
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