DATA 03/12/2020
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Este termo
se refere à política econômica dos reinos europeus absolutistas. O mercantilismo tem
três características centrais: intervenção do
Estado, metalismo e colonialismo. Os principais nomes desta
política são: Jean-Baptiste Colbert (1619 - 83), ministro das Finanças do
rei Luís XIV (1638 - 1715), Thomas Mun (1571 - 1641), diretor da
Companhia das Índias Orientais, e Antonio Serra (c. 1550 – c. 1600), economista
e filósofo italiano.
Jean-Baptiste Colbert. Pintura de Claude
Lefèbvre, 1666.
Intervenção estatal: A
intervenção econômica governamental visava fortalecer e regulamentar a
estrutura financeira do reino, possibilitando assim a constituição de exércitos
e marinhas. Embora, em última análise, isso beneficiasse principalmente a
dinastia real, que poderia fortalecer seu poder ao sair vitoriosa de conflitos,
a burguesia também tinha grandes benefícios – o que fazia este grupo
aceitar a situação.
Metalismo: Já o metalismo consistia em manter um
equilíbrio favorável ao reino entre a saída e a entrada de metais preciosos.
Uma vez que se acreditava no período que a riqueza de um país se media pela
quantidade destes dentro de suas fronteiras, era preciso manter
uma balança comercial positiva; para isto, era utilizado
o protecionismo. Por meio de altas taxas alfandegárias, a mercadoria
estrangeira acabava se tornando tão cara que era mais vantajoso adquirir um
produto nacional.
O mercantilismo entendia que uma simples
transferência de recursos: assim, o país que vendesse um produto enriqueceria,
e o que comprasse empobrecia na mesma medida, sendo uma transação de soma Zero.
Dentro dessa lógica, a única possibilidade de se aumentar o montante total da
riqueza seria extraindo-a da terra na forma de metais preciosos. Um dos meios
de acumular metais era procurar manter uma balança comercial favorável, ou
seja, vender produtos muito mais caros e em maior quantidade do que aqueles que
eram comprados de outros países.
Colonialismo: Por último, havia a fundamental necessidade
de manter colônias – ou seja, explorar e dominar novas terras além da Europa.
Embora o colonialismo tivesse se iniciado propriamente falando no final do
século XV, com a descoberta das Américas pelo navegador
genovês Cristóvão Colombo (1451 – 1506) e, depois, pelo fidalgo
português Pedro Álvares Cabral (c. 1467 – c. 1520), ele apenas se
tornaria uma política nacional dos reinos europeus no século XVII. A função das
colônias era fornecer valiosos produtos para suas metrópoles, que seriam depois
vendidas no mercado europeu. Por outro lado, as próprias colônias eram
obrigadas a comprar as manufaturas da metrópole por preços elevados. Isso se dava
devido ao fato que não existia concorrência graças ao monopólio estabelecido.
Desta forma, o lucro ficava não com os produtores coloniais, mas sim com os
comerciantes burgueses oriundos da metrópole.
Em
suma, O colonialismo consiste num sistema bipolar: o polo colonizador
(a Metrópole) e o polo colonizado (a Colônia). As origens, as estruturas
econômicas, sociais, políticas e ideológicas e o significado das formações
coloniais são condicionados pelos interesses e ações de suas Metrópoles.
No século seguinte, o mercantilismo já começaria a
ser criticado pela teoria política do liberalismo, embora só fosse ficar
realmente obsoleto como prática econômica no século seguinte. Segundo o
filósofo e economista britânico Adam Smith (1723 – 90), a identificação
entre a quantidade dos metais preciosos dentro do território e riqueza era
simplesmente falsa. Na verdade, as altas taxas alfandegárias pensadas para
manter a balança comercial positiva não trazia mais dinheiro para o reino; de
fato, apesar de toda a opulência do reinado de décadas do Rei Sol, a França
estaria mais pobre quando Colbert faleceu. Segundo a linha econômica liberal, a
atividade comercial deveria ser livre independentemente do território, uma vez
que a riqueza não era equivalente ao acúmulo das reservas monetárias, mas sim
relacionada com a produção de bens – que se beneficiaria da livre circulação
econômica abominada pelo mercantilismo.
Bibliografia:
LIMA, Lizânias de Souza; PEDRO, Antonio. “Das monarquias nacionais ao absolutismo”.
In: História da civilização ocidental. São Paulo: FTD, 2005. pp. 142-147.
Disponível em: https://www.infoescola.com/economia/mercantilismo/ Acesso em: 18 de set. de 2020.
Tipos básicos de mercantilismo
Mercantilismo comercial – forma de mercantilismo baseada no
comércio. Inicialmente foi praticado pelos ingleses, já que possuíam uma
excelente marinha mercante; conseguiram aumentar seu comércio por meio do
comércio internacional de mercadorias;
Mercantilismo industrial – mercantilismo baseado na indústria.
Na Inglaterra, o desenvolvimento comercial estimulou a indústria que, aos
poucos, passou a superar o comércio em importância. Na França, o mercantilismo
industrial foi incentivado por Colbert, ministro de Luís XIV.
4. O mercantilismo tem
três características centrais a saber: intervenção do
Estado, metalismo e colonialismo. No quadro a seguir especifique
cada uma destas características:
Intervenção do Estado |
Metalismo |
Colonialismo |
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