DATA 03/12/2020
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Darwinismo
social e imperialismo no século XIX
A
“partilha” da África e da Ásia se deu fundamentalmente no século XIX (pelos
europeus), mas continuou durante o século XX. No decorrer deste, os Estados
Unidos e o Japão ascenderam industrialmente e exerceram sua influência
imperialista na América e na Ásia, respectivamente.
O domínio
da África e da Ásia, exercido pelos países industrializados, teve duas
principais formas: 1ª) a dominação política e econômica direta (os próprios
europeus governavam); 2ª) a dominação política e econômica indireta (as elites
nativas governavam). Mas como as potências imperialistas legitimaram o domínio,
a conquista, a submissão e a exploração de dois continentes inteiros?
A
principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu
sobre a África e a Ásia foi a utilização ideológica de teorias raciais europeias provenientes do século XIX.
As que mais se destacaram foram o evolucionismo social e
o darwinismo social.
Um
dos discursos ideológicos que “legitimariam” o processo de domínio e
exploração dos europeus sobre asiáticos e africanos seria o evolucionismo social. Tal teoria classificava as sociedades
em três etapas evolutivas: 1ª) bárbara; 2ª) primitiva; 3ª) civilizada.
Os europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa (civilizada) e
classificavam os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros.
Portanto,
restaria ao colonizador europeu a “missão civilizatória”, através da
qual asiáticos e africanos tinham de ser dominados. Sendo assim, estariam estes
assimilando a cultura europeia, podendo ascender nas etapas de evolução da
sociedade e alcançar o estágio de civilizados. O domínio colonial, a conquista
e a submissão de continentes inteiros foram legal e moralmente aceitos. Desse
modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades evoluírem.
O darwinismo social se caracterizou como outra
teoria que legitimou o discurso ideológico europeu para dominar outros
continentes. O darwinismo social compactuava com a ideia de que a teoria da
evolução das espécies (Darwin) poderia ser aplicada à sociedade. Tal teoria
difundia o propósito de que na luta pela vida somente as nações e as raças mais
fortes e capazes sobreviveriam.
O
Darwinismo Social foi elaborado por intelectuais como o sociólogo
Herbert Spencer. Spencer procurou adaptar as teses do naturalista inglês Charles
Darwin sobre a evolução das espécies e a seleção natural (na qual, ao longo da
história natural, sobrevive aquele que se adapta melhor) à estrutura da
realidade social e cultural. Spencer imaginava que a civilização europeia era
superior às demais porque havia conseguido melhor capacidade de domínio dos
recursos naturais (por meio da indústria), melhor entendimento filosófico e
científico, melhor desenvolvimento artístico etc. O Darwinismo Social pode ser
definido como transposição da teoria da evolução das espécies e da seleção
natural do terreno da ciência natural para a realidade sociocultural
A partir
de então, os europeus difundiram a ideia de que o imperialismo, ou
neocolonialismo, seria uma missão civilizatória de uma raça superior branca
europeia que levaria a civilização (tecnologia, formas de governo, religião
cristã, ciência) para outros lugares. Segundo o discurso ideológico dessas teorias
raciais, o europeu era o modelo ideal/ padrão de sociedade, no qual as
outras sociedades deveriam se espelhar. Para a África e a Ásia conseguirem
evoluir suas sociedades para a etapa civilizatória, seria imprescindível ter o
contato com a civilização europeia.
Hoje
sabemos que o evolucionismo social e o darwinismo social não possuem
nenhum embasamento ou legitimidade científica, mas no contexto histórico do
século XIX foram ativamente utilizados para legitimar o imperialismo, ou seja,
a submissão, o domínio e a exploração de continentes inteiros.
5. Um dos discursos ideológicos que
“legitimariam” o processo de domínio e exploração dos europeus sobre asiáticos
e africanos seria o evolucionismo social. Tal teoria classificava as sociedades
em três etapas evolutivas: 1ª) bárbara; 2ª) primitiva; 3ª) civilizada. Os
europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa (civilizada) e classificavam
os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros. Esta forma de
classificação está relacionada ao conceito de
b) (
) Etnocentrismo
c) (
) Racismo
d) (
) Egoísmo
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